Disposição,garra e determinação: Venceu Corinthians!

Bom dia Verdadeiros e Fiéis Corinthianos,

Não, senhores.

Futebol não é mera questão de justiça ou injustiça.

Porque em se tratando de futebol, a justiça – ou a injustiça – são efêmeras.

Futebol, como em qualquer ramo de atividade, é uma simples aritmética, onde a somatória das oportunidades aproveitadas de um, maiores que a somatória das oportunidades de outro, resulta-se em vitória de um lado e derrota do outro.

Simples assim.

Ontem, nossos jogadores entraram em campo com uma disposição ainda não vista nesta competição.

Ali, na tradicional rodinha dentro de campo, onde os jogadores se fecham num ritual de auto-motivação, certamente foi berrado “Vamos lá, vamos provar pra essa torcida que aqui não tem vagabundo…”

E foi o que se viu. Um time com uma disposição enorme, jogando com garra e determinação. 

Paulinho, com a antológica camisa “8”, do Dr. Sócrates – homenageado em cada manto corinthiano na noite de ontem – jogou muito, participou apoiando o ataque e marcou com muita raça e disposição, até cansar no segundo tempo.

Emerson, que quando resolver soltar um pouco mais a bola será ainda mais efetivo, abusava da garra, da força e dos tradicionais lances de efeito.

Alessandro, dentro das suas limitações, marcava Ronaldinho, apoiava o ataque e arriscava cruzamentos.

Ramon, numa que pode ter sido a sua melhor exibição com a camisa corinthiana, arriscando jogadas de efeito, dribles e chutes.

Ralf voltou a ser o velho Ralf, que o levou à seleção.

Jorge Henrique, mais uma vez, fez figuração, até ser substituído.

E a nossa zaga e o nosso goleiro, precisam passar por um processo de integração social, precisam voltar a se conhecer, a conversarem entre si, entenderem-se, pois é preocupante o desentrosamento e a insegurança demonstrada por eles em alguns lances.

Zagueiros estão inseguros por causa do goleiro ou vice-versa?

Com a palavra, os próprios ou o nosso treineiro.

E com Alex em campo, o time se torna mais dinâmico, mais agressivo ofensivamente, também esteve numa noite feliz o nosso camisa 12.

E o que falar de Liedson?

Genial, apenas isso. Bem marcado, algumas vezes até por 2 no combate e 1 na sobra, agredido covardemente pelo zagueirão brucutu flamenguista, que mais se assemelha a um leão-de-chácara Rendez-Vous, corre, marca, desloca-se, procura espaço, vai pro jogo, vai pro combate, não foge à luta, é um dos melhores atacantes em atividade no futebol mundial.

Autor dos 2 gols que nos deram a sensacional vitória de ontem.

Este foi o Corinthians de ontem.

Vencemos porque produzimos mais e obtivemos melhor produtividade.

Vencemos porque além dos 11 em campo, éramos quase 40 mil vozes empurrando o time, que jogou diante de 101 ícones da história corinthiana, homenageados de forma brilhante e emocionante pela Estopim da Fiel.

Este foi o Corinthians do mesmo Adenor, dos mesmos jogadores, dessa mesma crônica bipolaridade que nos persegue, já que o time, ora é besta, ora é bestial.

E porque é que não pode ser sempre assim, do jeito que foi ontem?

Funcionam apenas sob pressão?

Não são máquinas, são seres humanos que como máquinas, também dão seus tiltis, seus defeitos?

Nem Freud explica.

Aliás, nem Freud explicaria essa coisa chamada Corinthians!

Comente a partida, vamos debater a vitória e a liderança ratificada.