Cumbica, 03 de dezembro de 2012: Jamais será a mesma

Tente imaginar uma torcida.

Bandeiras, foguetes, gritos, cânticos, festa, alegria.

Agora, tente definir uma torcida.

Uma não. “A Torcida”. A do Corinthians, sendo mais específico.

Tente defini-la em uma palavra. Complicado, não é? Tente imaginar do que ainda ela é capaz, do que ainda ela pode fazer para expressar sua paixão por um clube, “O Clube”.

Pois é, tudo muito complicado. E também muito simples. Simples porque é Corinthians e o Corinthians se define.

“Feliz daquele que tem Corinthians no coração”. 

Ontem, era “só” uma viagem. “A viagem”. A viagem do ano. Bastava juntar 10, 50, 100 manos e ir pro aeroporto, ou até pra porta do Centro de Treinamento, cantar, desejar boa viagem, emanar Vibrações Positivas e pronto.

10, 50, 100 manos…

Porra! (perdoe-me meu amigo Jorge Kalil, mas esse palavrãozinho não deu pra segurar), foram mais de 15 mil, quase 20 mil manos lá pro Aeroporto se despedir do time.

Quase 20 mil manos!

Paramos as avenidas, paramos a rodovia, paramos o aeroporto, só pra ver nosso time passar e embarcar.

Delegação momentos antes de partir para Cumbica – Créditos: Renata Daros

Fanatismo, paixão, devoção, é pouco. Isso tudo é pouco pra definir o que a gente viu ontem. Por exemplo, o canal Sportv transmitiu simultaneamente a festa de entrega dos melhores do brasileirão 2012 e a nossa despedida, em Cumbica.

“Acompanhamos a festa do brasileirão mas festa mesmo fez a torcida do Corinthians em Guarulhos”, assim definiu o apresentador do canal Sportv, Carlos Eduardo Lino.

Junto de mais alguns amigos, tentamos chegar em Cumbia, partindo do Parque São Jorge. Foi impossível, a Rodovia Ayrton Senna já estava parada logo após a Ponte do Aricanduva.

Ao atravessarmos a Ponte de Guarulhos e avistar ao longe as luzes, fiquei com a sensação de que se seguíssemos aquelas luzes, chegaríamos no Japão.

A Rodovia que leva o nome do piloto corinthiano interligando São Paulo ao Japão!

O estranho, é que esta estranha sensação ainda persiste.

Bora lá, vamos pegar a Ayrton Senna pra chegar no Japão.

Fiquem com as imagens registradas pelo nosso amigo, João Alberto.