E rolou a festa do povo do gueto !

Festa no gueto, Pode vir, pode chegar

Misturando o mundo inteiro Vamos ver no que é que dá

Hoje tem festa no gueto Pode vir, pode chegar

Misturando o mundo inteiro Vamos ver no que é que dá

Tem gente de toda cor Tem raça de toda fé

Guitarras de rock’n roll Batuque de candomblé Vai lá

Pra ver A tribo se balançar O chão da terra tremer Mãe preta de lá mandou chamar

Avisou, Avisou, Avisou, Avisou

Que vai rolar a festa Vai rolar

O povo no gueto Mandou avisar

Quando um dia Ivete Sangalo cantou essa música pela primeira vez e já se vão muitos anos, não imaginou que um dia a cantaria de novo, para uma platéia de corinthianos, na tão sonhada Meca desse “povo do gueto”.

A festa rolou e foi sensacional, caros amigos.

E como diz  a música, tinha gente de toda fé, tinha gente de toda cor, de todas as classes sociais e políticas, do presidente ao peão – felicidade imensa ao encontrar meus amigos e funcionários do clube, Pato Rouco e Bahia – dirigentes, conselheiros, associados, amigos, tinha até mulher desavisada vestida de verde, mas como, novamente, diz a música, misturando o mundo inteiro para ver no que vai dar.

E claro, jornalistas, dos responsáveis aos abutres, com direito a Guga Noblat, do CQC, ser devidamente enquadrado, nos conformes, pelo ex-presidente Andres Sanches, que se negou a ser entrevistado por ele.

E deu. E deu coisa boa, maravilhosa. Nossa Meca está ficando linda, luxuosa, de primeiro mundo, muito embora ainda não finalizada, mas quase, muitos detalhes já foram observados.

A proximidade do campo é algo assustador. O tão comentado efeito acústico que se produzirá nas partidas será algo que enlouquecerá os jogadores (principalmente os adversários), as obras do entorno a todo vapor – alças e viadutos interligando avenidas – tudo isso ao lado de estações de trem e metrô, ciclovia, uma coisa realmente fantástica.

A riqueza dos detalhes, a imensidão de mármore em preto e branco, os painéis de led, você olha aquilo tudo, pensa que está na Europa, olha pro lado, mais acima e enxerga a Cohab I, em Artur Alvim e se sente ainda mais em casa.

Falta pouco para ficar pronta a nossa Meca. A realização de um sonho de mais de 30 milhões e se juntarmos os que já morreram sem terem vivido esta emoção em corpo, mas certamente em alma, é muito mais que isto.

Sobre a artista contratada para animar a festa, cumpriu perfeitamente o seu papel. Ivete Sangalo incorporou o corinthianismo, cantou nosso hino, as músicas populares transformadas em cânticos e soltou vários “Vai Corinthians”!

E antes de Ivete, meu amigo e parceiro Ernesto Teixeira e bateria Ritmão, da Gaviões da Fiel, abriram o show. E na voz de Ernesto, nosso hino cantado pela primeira vez na Meca, o primeiro “Aqui tem um bando de loucos”, o primeiro “Pó-ró-pó-pó”.

Foi uma noite inesquecível para milhares que ali estiverem, em torno de 4000 pessoas.

Fiquem com algumas imagens: