Hora de separar meninos de homens

“Mais do que nunca, homens e meninos vão ficar um de cada lado. O grau de responsabilidade vai aumentando. Tudo depende da ótica de cada um. O Campeonato Brasileiro é muito difícil, e todas as equipes estão passando dificuldades”

A declaração acima é do treinador Tite.

E a quem se destina?

Quem seriam os homens, quem seriam os meninos?

Ou foi apenas um clichê, no momento em que o campeonato chega na reta final, o “sprint final”, as 10 rodadas que faltam para o término da competição?

Nestas próximas 10 rodadas enfrentaremos, pela ordem:

Grêmio (fora)

Criciúma (casa)

Santos (casa)

Vitória (fora)

Fluminense (casa)

Coritiba (fora)

Vasco (casa)

Flamengo (fora)

Internacional (casa)

Náutico (fora)

Serão 30 pontos em disputa, contra times que estão diretamente na briga por algum objetivo (fugir do rebaixamento ou G4).

Muitos confrontos diretos, os tais jogos de “6 pontos”.

Mas a hora seria de separar os meninos dos homens, ou o momento de escalar de fato quem está bem fisicamente, tecnicamente e totalmente focado na disputa?

Insistir com a política da meritocracia pela gratidão ou colocar em campo o que existe de melhor a disposição.

Os “meninos” Rodriguinho e Diego Macedo ou os “homens” Danilo e Douglas?

Com as voltas de Guerrero e Pato, continuar insistindo com Emerson e Romarinho?

Muito mais que separar os meninos dos homens, é momento do treinador decidir o que ele pretende para o resto das nossas vidas nesta temporada.

A marca característica do treinador, a coerência, já é um conceito derrubado. Dizia que o “momento era de Ibson”, que ele teria sequência, chegou a citar que Paulinho só se transformou no que é hoje porque teve oportunidades (esquecendo-se que Paulinho quando chegou era uma jovem promessa, uma aposta e Ibson, um veterano em quase fim de carreira).

Negou oportunidades a Jocinei para não antecipar etapas, mas deu oportunidades aos recém contratados Rodriguinho e Diego Macedo.

Coerente ou não, o treinador tem o compromisso de colocar em campo quem estiver melhor preparado para a disputa.

Sem invencionices, sem gratidão a boleiros em franco final de carreira, fazendo o feijão com arroz.

Dez jogos, 30 pontos, reta final, é tudo ou nada a partir de amanhã!

E Vai Corinthians!