Pato vai acabar pagando o pato (atualizado, de novo)

Pois é.

Dizíamos que Pato ainda pagaria o pato.

E não é que pagou mesmo?

Porque oportunamente, a desclassificação na Copa do Brasil, foi jogada toda na conta do Pato.

Não que ele não tenha grande parte de responsabilidade nisso, pelo contrário. Mas, e se Pato tivesse cobrado a penalidade máxima “normalmente”, dando uma bicuda e a bola batendo no travessão ou em alguma das traves?

Edenilson e Danilo cobraram bisonhamente e também perderam.

Se o time fosse orientado e condicionado a jogar mais ofensivamente, se tivéssemos feito o dever de casa, vencendo aqui no Pacaembu, nem pros pênaltis a decisão teria ido.

Porque agora fica mais fácil, mais simples, mais oportuno, jogar na conta do Pato.

O time empatou a primeira partida, aqui no Pacaembu, poderia ter sido mais ofensivo, ter feito o dever de casa, mas isso não se comenta.

Só se fala no pênalti do Pato.

Que foi duramente cobrado pelo treinador no vestiário, após a partida, na frente dos demais jogadores.

Tite, aos berros, teria o chamado de “Moleque irresponsável”!

Ora vejam só, quanta macheza do nosso treinador.

Que quando foi cobrar Emerson pelo selinho, lá no Ecológico, o beijoqueiro o encarou de frente, não amarelou.

O time não joga nada há meses, mal treinado, temporada mal planejada, objetivos e metas apresentadas de forma equivocada, contratações inexplicadas, sete zagueiros no elenco, mas nenhum lateral, nenhum volante para substituir os titulares, mas a culpa toda agora é do Pato.

Mas Pato, por sua vez, mal orientado que é, foge nos momentos de crise.

Não tem estrutura emocional, não tem maturidade para encarar as adversidades como homem, como atleta profissional bem pago, com status de estrela internacional.

Foge como garotinho mimado.

Se foi sacaneado pelos companheiros desde a chegada, se foi prejudicado pelo esquema de jogo covarde, se foi orientado até a fazer mais faltas e liberado para receber cartões amarelos – que absurdo isso… – é outra história.

Ele não se ajuda. Tem a cabeça em outra atmosfera. Não entendeu o que significa esse universo chamado Corinthians.

Não anda, desfila, não corre, trota, expressão zero na face, reage a notícia de morte da mesma forma que reage a um convite pra um desfile no SPFW.

E contra o Santos, vai a campo? Time sem Guerrero, sem Romarinho, Emerson outro moleque irresponsável e sobrou só o Pato.

Vejam a nossa situação, caros amigos!

E para os demagogos que de forma hipócrita dizem que o ano não acabou, porque o Corinthians não é feito só de futebol, que Libertadores não vale nada, pergunto: Além do futebol, quais foram os outros esportes que você acompanhou o Corinthians neste ano? Sabe me dizer, sem consultar o Google ou o site oficial quais foram as conquistas do clube nos outros esportes terrestres ou aquáticos? Sabe que temos equipes vitoriosas na bocha e na peteca? Sabe que nossa equipe de nado sincronizado excursionou para outros países, para onde e quando?

Bando de hipócritas, poetas de teclado.

O Corinthians não é só futebol, claro. Mas eu sei disso. E sei porque acompanho todos os esportes do clube, de A a Z.

Voltando ao foco, Pato não pode pagar o pato sozinho.

O pato é grande, dá pra fatiar em vários pedaços e cada um roer o seu respectivo osso.

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Em julho debatemos este tema.

Pato ainda iria acabar pagando o pato.

E de julho até hoje, nada mudou. Pelo contrário, acredito até que piorou.

Por exemplo, ontem Pato foi convocado por Felipão para as partidas que a seleção disputará contra Coreia do Sul e Zâmbia.

Choveram críticas. Até Tardelli, do Atlético Mineiro, segundo algumas opiniões, merecia ser convocado em vez de Pato.

Pato não é titular absoluto do Corinthians. Só entra de titular quando Emerson e/ou Guerrero estão ausentes. E quando entra, só na fogueira, com a quase obrigação de fazer algo que o time não vem conseguindo fazer, balançar as redes, fazer gols.

No último jogo, contra o Grêmio, para aqueles que defendem a tese de que Pato vem sendo boicotado pelos companheiros, as impressões ficaram praticamente evidenciadas. Pato quase não recebeu bolas, quando recebia, embolado entre os zagueiros, nada conseguia fazer.

O clube deve comemorar cada vez que Pato é convocado. E torcer para que Felipão o escale como titular ou então, que o coloque em campo.

Explico.

Sendo convocado, disputando jogos pela seleção, Pato estará na vitrine. Portanto, valorizado para eventuais negociações.

E até acredito que se surgiu o interesse de algum clube europeu, Pato vai preferir ser negociado. Muito embora seja o atacante com a melhor média de gols por partidas disputadas no ataque corinthiano, Pato não consegue se adaptar ao estilo de jogo determinado pelo treinador, algo muito parecido com o que aconteceu com o argentino Martinez, bom jogador, mas que também não conseguiu se adaptar.

E seguindo a linha “Ainda vai pagar o pato”, o atacante já é alvo dos protestos de muitos torcedores. Ultimamente, Pato vem sendo perseguido pelas redes sociais, patrulhado até no que faz na vida pessoal (quando por exemplo, após uma derrota do time foi a um show no Morumbi ou quando posta alguma foto no seu perfil oficial do Instagram) e muito se questiona sobre o seu estilo até certo ponto incompatível com o perfil exigido pela torcida, que é o da raça, da garra, do jogador que dá carrinho.

Podemos dizer que Pato já paga o pato.

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Postagem original

Alexandre Pato é craque.

Pelo menos sob a ótica de muitos aficionados pelo futebol e acredito que milhões de corinthianos.

Pato foi contratado por uma quantia milionária. O clube comprou 100% dos direitos econômicos do atleta, mas como Pato abriu mão de receber as luvas pela negociação, ficou com 40% dos seus direitos em uma futura venda. Ou seja, o Corinthians ficou com 60% dos direitos do jogador.

Os valores, 15 milhões de euros pelo negócio, algo em torno de 40 milhões de reais.

Mas Pato é reserva do time. E só tem entrado na “fogueira”, quando o time precisa reverter o placar.

Não se sabe exatamente se pela ansiedade, intranquilidade ou seja lá o que for, vem perdendo muitos gols.

Como ontem.

O torcedor fica enfurecido, com razão. Não se vence partidas, não se conquista campeonatos com “quase gols”.

É natural que o jogador saia insatisfeito, cabisbaixo, depois da partida. Afinal de contas, foi contratado para fazer gols.

Mas por outro lado, o esquema tático não o beneficia, como não beneficia outro craque do time, Paolo Guerrero.

Emerson se sustenta na equipe porque marca mais que os laterais. Briga, corre e quando é bem marcado, como ontem, compensa pela marcação.

Assistir ao comportamento defensivo do Corinthians é uma aula. Ralf e Gil são perfeitos, Paulo André quebra o galho, Emerson e Romarinho marcam, Guilherme marca, Danilo marca, todos marcam.

Eu gostaria que eles marcassem também. Gols, muitos gols.

Não a toa, o Corinthians é o pior ataque da competição depois de 9 rodadas. Marcamos até o momento apenas 6 gols. Pior que o ataque do lanterna da competição (Lusa, 10 gols), do vice-lanterna (Náutico, 7 gols), do 18º colocado (Bambis, 11 gols) e do primeiro time da zona de rebaixamento (Unimed, 12 gols).

Cruzeiro (líder do campeonato) já marcou 22 gols e o segundo colocado, Internacional (18 gols).

Marcar gols nunca foi o forte deste Corinthians da era Tite. Quase imbatível em fases e torneios de tiro curto, onde um gol as vezes é goleada, em torneios como o Brasileirão, o time sofre. Conquistamos o Brasileirão 2011, no sufoco, mas naquele ano existia uma enorme pressão pela conquista de um campeonato.

Mas 2011 e 2012 já fazem parte do passado. É certo que já conquistamos 2 torneios este ano, em que pese a má qualidade dos adversários diretos, como Santos e SPFW.

Percebam, não se pede a cabeça do treinador, não se pede troca de comando, mas se pede a mudança de atitude.

O Corinthians vem se comportando como time de celibatários, monges franciscanos, que apanha e dá a outra face, que não pressiona a arbitragem, que não catimba, que não ousa, que joga de forma mecanicamente planejada, que não encanta e não brilha.

Jogo-limpo, fair-play, é outra coisa. Mas um ar varzeano, a velha malandragem da bola, não faz mal a ninguém.

Ontem, reitero, insisto, nossos jogadores estavam reprimidos. Romarinho e Emerson, autênticos dribladores, mais pareciam atendentes de cartório, burocráticos e apagados.

Voltando ao foco do tema, temo que em breve, se o treinador não mudar a postura do time, Alexandre Pato vai pedir pra ser negociado, até pra não carregar a cruz da falta de gols.

Gols que só surgirão se o treinador abandonar esta postura excessivamente defensiva e continuar orientando o time a jogar como coroinhas.