Certa vez em Extrema

O que o episódio de Extrema, aquele, da confusão que envolveu Marcelinho e Ricardinho, tem a ver com o que está acontecendo agora, com Pato?

Tanto Marcelinho, quanto Pato, tiveram o elenco contra eles.

Naquela época, Marcelinho descobriu que Ricardinho era o leva e trás do elenco, para a diretoria.

Marcelinho convocou uma reunião com os líderes do grupo dizendo que teriam que exigir da diretoria a contratação de reforços.A reunião chegou ao conhecimento de Citadini, que convocou Marcelinho para uma reunião em Sao Paulo.

Aqui, no Parque São Jorge, Marcelinho foi enquadrado.

Ao retornar a Extrema, pediu nova reunião com os líderes, mas sem a presença de Ricardinho.

Acusou Ricardinho como o traíra do elenco.

Mas em outra reunião, após esta, já na presença de Ricardinho, amarelou e não repetiu a denúncia. Os líderes foram para cima dele, acabou apanhando.

Entre os líderes da época, Sheidt e Paulo Nunes.

Marcelinho pede ao seu assessor que passe a informação a Chico Lang, mas com outra versão da historia, dizendo que Ricardinho havia apanhado por ser o traíra.

Lang entra ao vivo na Gazeta e com exclusividade, solta o furo, que se transformaria em barrigada.

O elenco se volta de vez contra Marcelinho, que já não contava com a simpatia da maioria dos jogadores.

Nos bastidores, soltavam em off que Marcelinho era demagogo e usava a religião como disfarce para a sua vida mundana. Marcelinho não era chamado para os encontros e festas entre as famílias dos atletas.

Mas neste caso, os atletas, com apoio da diretoria e do treinador Luxemburgo, pediram sua saída.

Agora, a situação de Pato é um pouco diferente, mas semelhante em alguns detalhes.

Deixaram vazar “vestiário”, declaram em off a jornalistas que Pato esta sem ambiente e um teria dito “um jogador de 40 milhões não pode fazer uma bobagem destas” em relação ao pênalti cobrado.

Pato está sendo cozinhado em fogo alto pela diretoria, pelo treinador e pelos jogadores.

Encontraram finalmente um boi de piranha para desviar o foco dos vários erros cometidos ao longo do ano.

Todos, ou quase todos, contra o atleta, que por sua vez, tendo saído cedo do país, sem a menor identificação com a Pátria e muito menos, com o Corinthians, mal assessorado e mal acostumado a conviver com isso, se vê numa situação irreversível.

Teria que marcar gols nos próximos 8 jogos, marcar com intensidade, fazer o time sair vencedor e renascer como maloqueiro e louco do bando.

Impossível!

O que estão fazendo é covardia.

Nisso inclui-se os paneleiros, o treinador e a diretoria.

No laboratório do Ecológico, transformaram pato em boi.

Boi de piranha!