Um empate que valeu as 42 horas de estrada

De um lado, o Corinthians.

E todo o seu poderio econômico, um dos maiores clubes do mundo, uma das marcas mais valiosas do planeta, na casa dos bilhões.

Nossos atletas que disputam a Copa São Paulo partiram sábado pela manhã, do Parque São Jorge, após se fartarem de um reforçado café da manhã.

Alguns atletas chegaram ao clube a bordo de potentes maquinas sobre rodas.

E do clube partiram a Limeira num ônibus certamente em condições infinitamente melhores do que as do nosso adversário, o Remo.

Do outro lado, o Remo.

Que enfrentou 42 horas de estrada, no percurso Belém do Pará – Limeira.

É possível imaginar em quais condições estes garotos chegaram a cidade onde enfrentariam o clube que mais vezes conquistou a Taça São Paulo e como sempre, em cada início da competição, candidato a mais uma conquista.

Mas com a bola rolando, no jogo do Bilhão x Tostão, dos garotos da geração “I” (ipod, iphone, ipad) x os garotos do som com chiadeira nos autos falantes do “busão”, o que se viu foi um Remo exercendo uma forte marcação, envolvendo a equipe corinthiana, quase abrindo o placar, até chegar ao seu primeiro gol, através de cobrança de falta, belíssimo gol de Biro.

Até então, o jogo se arrastava chato e desinteressante. Do lado corinthiano, destaque apenas para o garoto Malcon, que acabou marcando o gol que evitou o vexame corinthiano na abertura da Taça, aos 42 minutos do segundo tempo.

É cedo para qualquer análise. Também é cedo para se condenar o trabalho realizado para a disputa desta competição e execrar antecipadamente os responsáveis pelo planejamento e a execução.

De qualquer forma, o torcedor não gostou do que viu.

Esperava mais dos nossos moleques, um pouco mais de criatividade principalmente.

A expectativa é que no próximo jogo, contra o XV de Piracicaba, o time se comporte melhor taticamente e apresente um produto melhor do que se viu nesta noite.

Você acompanhou a partida?

Se acompanhou, certamente não gostou do que viu.