150 milhões. É isso mesmo

Um clube de futebol dever 150 milhões, para os padrões atuais do futebol brasileiro, é algo perfeitamente normal.

Como se fosse normal dever 150 milhões.

Mas em se tratando da realidade em que se vive nosso futebol, com cifras na casa das centenas milionárias em débitos, lamentavelmente, é o que temos para o momento.

No caso do Palmeiras, o clube deve 150 milhões ao seu próprio presidente.

Isto mesmo. Paulo Nobre emprestou, até o momento, 150 milhões de reais ao Palmeiras.

E já apresentou ao clube uma proposta de quitação dos débitos que o clube mantém com ele mesmo: pagamento em 15 anos, com juros de 1% ao mês.

Conselheiros sugerem que como forma de pagamento, transfira-se a Paulo Nobre os direitos econômicos de atletas contratados na sua gestão. Em especial, os que não deram certo.

E são muitos.

O Corinthians deve, não nega e vai pagar quando puder. Deve principalmente ao governo, já que não repassou, durante alguns anos, os IR, INSS e FGTS.

Alguns parcelamentos já estão em andamento.

Não deve salários, nem direitos de arena. Prêmios, é provável que também já tenha quitado todos. Mas se olharmos para os outros clubes, a pindaíba é quase coletiva.

Vide Botafogo do Rio. No interior paulista, a coisa há anos é grave. Os clubes do interior paulista, outrora fortalezas, hoje sobrevivem como barrigas de aluguel de empresários, que despejam nestes clubes suas perebas.

Mas não se tem conhecimento de um clube que tenha como credor de uma quantia que vai superar os 200 milhões, seu próprio presidente.

Pra fechar a tampa do caixão, só falta jogar terra em cima.

E que não seja a terra das obras da Arena WTorre, já que nem a terra mais pertence ao clube da Água Branca.