O boicote a Dona Vilma

Grandes clubes brasileiros estão liderando um boicote ao SPFW, em relação a formação de atletas.

Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Vitória, Sport e Goiás são os líderes do movimento e prometem boicotar a próxima edição da Copa São Paulo de Juniores, se o time da Ilha da Fantasia de Cotia participar.

O tema será discutido em reunião agendada para a manhã da próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro.

O que acendeu a chama do movimento  foi a transferência do goleiro Lucão, 15, que deixou a Ponte Preta para defender a equipe de Cotia.

Como Lucão ainda não tem 16 anos, não podia assinar um contrato profissional com a Ponte Preta. Portanto, a equipe de Campinas não foi indenizada pela saída do jogador, que tem passagens pelas categorias de base da seleção brasileira.

O Corinthians ainda não se manifestou sobre a questão. E acho que não deveria embarcar nessa fria.

Não acredito em nenhum movimento de clubes ou atletas, como este tal Bom Senso FC. Mas este é tema pra outra hora.

A alcunha de Dona Vilma (famosa sequestradora de Goiás) atribuída ao clube do Jardim Leonor é antiga. Não é de hoje que assediam de forma indecorosa jovens atletas, seduzindo seus pais, geralmente humildes, vivendo de salário mínimo, com dificuldades e muitos, até sem emprego, morando sem condições minimamente dignas.

Mas por outro lado, como impedir que um pai de família, vendo na carreira do filho a solução para os seus problemas, não almeje algo melhor para o seu futuro?

Boicotar, espernear, protestar, não vai adiantar. A solução está na legislação. É preciso criar uma forma de proteger os clubes que investem nos garotos  dos 09 aos 15 anos nos garotos e de repente, acabam perdendo por conta do aliciamento alheio.

Se não houver uma lei específica sobre o tema, não adianta espernear. Dona Vilma vai continuar atuando firme e forte.

E que cada um cuide dos seus problemas, “Pau que dá em Chico, dá em Francisco”.