Menos Instagram, menos polêmicas. E mais treinamento!

Sejamos coerentes.

Será mesmo que somos despojados de qualquer preconceito?

A imagem abaixo ontem chocou e revoltou muitos corinthianos.

E serviu como agente catalisador para que a anticorinthiania esquizofrênica, sempre ávida por assunto, chegasse ao climax orgasmático com o fato.

Nosso atacante, Emerson Sheik, quase titular absoluto do time, foi sacado do jogo ontem e saiu demonstrando irritação.

Não cumprimentou o treinador e sentou no banco de reservas irritado.

Tudo muito natural. Estranho seria se saísse sorrindo, com ar descompromissado. Saiu insatisfeito talvez por entender que realmente não vinha bem, ou então, que de repente, se ficasse mais um pouco, num lance de sorte, conseguisse marcar um gol, enfim, saiu insatisfeito e isso é perfeitamente normal.

Encontrar qualquer menção a indisciplina nesta atitude, é tentar encontrar pelo em ovo.

Mas as polêmicas cercando o jogador não acabariam ai. Para promover o restaurante de um amigo, que certamente estava lá jantando na “vasca”, para pagar o jantar fazendo o velho “jaba”, resolveu polemizar.

Postou no seu Instagram uma foto dando um “selinho” no seu amigo, dono do restaurante.

Em tempo, facebook e twitter são coisas do passado para a boleiragem, suas páginas nesta redes sociais vêm sendo praticamente administradas por assessores, muitos, inclusive, despreparados. A moda agora é o Instagram, uma espécie de rede social onde você posta suas fotos registrando momentos de descontração, com a família, amigos ou qualquer outra situação.

Mas muitos corinthianos não gostaram da polêmica. Protestaram na própria página do boleiro no Instagram e nas redes sociais em geral.

E a homofobia exalou por todos os lados. E nem adiantou o atleta se apresentar como heterossexual, ser visto geralmente com belas mulheres, a maioria da corinthianada não quis saber, mandou recados nada cordiais ao boleiro.

De nossa parte, a coerência. No minimo. Se a foto fosse postada por um jogador de qualquer outro time, a tiração de sarro seria generalizada.

Por outro lado, em relação ao atleta, confesso que pouco importa suas preferências, suas amizades, seus relacionamentos pessoais ou comerciais.

Gostaria mesmo que Emerson fosse mais exigido como atacante, não como marcador. Que melhorasse a finalização, que treinasse exaustivamente chutes a gols, que voltasse a ser ousado com seus dribles, sua malandragem positiva em campo.

Emerson, assim como os demais jogadores do time estão mecanicamente robotizados. Duros, presos, focados demais na marcação e quando retomam a bola, parece que há um bloqueio na criatividade.

Para compensar a polêmica criada e nem tão desejada pela maioria da torcida, Emerson poderia postar fotos no Instagram de treinos de finalização.

Queremos de volta a criatividade, a ousadia e a liberdade de expressão ofensiva do time.

De resto, cada corcunda que saiba como se deitar.